O Secretário de Estado do Mar e Pescas, Momade Juízo, visitou há dias o projecto da empresa Aquapesca de produção de juvenis de holotúrias, ou seja pepinos do mar, em Nacala Porto, província de Nampula, financiado no âmbito do Programa MaisPeixe Sustentável (MPS) da Janela 2, implementado pelo Fundo de Desenvolvimento da Economia Azul (ProAzul, FP) sob a tutela sectorial do Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas.
Num investimento global de 60 milhões de meticais, o programa comparticipa com 29 milhões que na fase piloto a empresa tem por objectivo fortalecer a cadeia de valor de holotúrias e contribuir para os meios de subsistência sustentáveis nas comunidades costeiras, com enfoque na inclusão de mulheres.
Ficamos a saber aqui que as holotúrias são de fácil produção, não precisam de ração para o seu crescimento, e no mercado europeu o quilo ronda a volta de 14 mil. De facto é encorajador ter um projecto com uma forte componente de apoio às comunidades locais – comentou Juízo durante a visita às instalações.
Segundo o responsável da Aquapesca, François Grosse, a empresa tem a capacidade instalada de produzir por ano 1,5 toneladas de holotúrias e para uma abordagem comercial em benefício local, fornecer insumos para os projectos comunitários de maricultura especialmente nas províncias de Nampula e Cabo Delgado.
Para o efeito contamos adicionalmente com o apoio de outros parceiros como a Total Energy que prevê um modelo de negócios inclusivo, com assistência técnica, formação e integração comunitária – disse Grosse.
O programa MPS tem 02 janelas, sendo a 1 virada para pesca e aquacultura artesanal onde comparticipa com 80% do valor e a 2 virada para as micro, pequenas e médias empresas em que comparticipa com 70% do plano de negócios.
Actualmente, o MPS é implementado em alguns distritos das províncias do Centro e Norte do País e conta com as fontes de financiamento o Projecto de Resiliência Rural do Norte de Moçambique (MozNorte) e o Programa de Economia Rural Sustentável (MozRural).